"Almanaque de Brincadeiras e dinâmicas"
contém 500 atividades e faz parte de um projeto livre e perpétuo de resgate e incentivo a atividades recreativo-educativas, baseando-se na sua importância para a vida social e para o desenvolvimento social, físico e afetivo das crianças, além do entretenimento saudável e enriquecedor dos adultos.
Brincar tem uma importância absurda nos processos de desenvolvimento humano. As brincadeiras de infância são o reflexo dos desafios da vida adulta. E é necessário que as Instituições de ensino e organizações que lidam com crianças e adolescentes tenham essa consciência e tragam de volta à vida das crianças brincadeiras, dinâmicas, gincanas e atividades lúdicas em geral.
Os benefícios da brincadeira, sobretudo na vida da criança, são gigantescos e, em sua maioria, desconhecidos pela sociedade. É de conhecimento de poucos que a brincadeira está entre os exercícios físicos mais completos de todos, e é também através dela que agregamos valores e virtudes à nossa vida. Essa falta de valorização do brincar contribuiu para a realidade que vivemos hoje: as brincadeiras estão entrando em extinção. As Instituições de Ensino estão deixando de lado as aulas de Educação Física Escolar, os pais estão proibindo seus filhos de brincar e o Governo pouco faz nada para que esse quadro se reverta. O resultado é lastimável, hoje em dia um número enorme de crianças está perdendo a infância, enclausuradas dentro de suas casa, na frente de computadores e vídeo-games.
“Brincar é um momento sagrado. É através das brincadeiras que as crianças ampliam os conhecimentos sobre si, sobre o mundo e sobre tudo que está ao seu redor. Elas manipulam e exploram os objetos, comunicam-se com outras crianças e adultos, desenvolvem suas múltiplas linguagens, organizam seus pensamentos, descobrem regras, tomam decisões, compreendem limites e desenvolvem a socialização e a integração com o grupo.”1 E todo esse aprendizado prepara as crianças para o futuro, onde terão de enfrentar desafios semelhantes às brincadeiras.
“O adulto, ao se permitir brincar com as crianças, sem envergonhar-se disto, poderá ampliar, estruturar, modificar e incrementar as experiências das crianças. Ao participar junto com as crianças das brincadeiras, ambos aprendem através da interação, constroem significados apropriando-se dos diversos bens culturais e se construindo ao mesmo tempo, entre lembranças de adultos que brincavam quando crianças ou não, entre novas brincadeiras relembradas, aprendidas ou inventadas, exibindo que, mais do que coisa de criança, elas são de todos aqueles que ousaram tornar-se criança também.
“Existe um rico e vasto mundo de cultura infantil repleto de movimentos, de jogos, da fantasia, quase sempre ignorados pelas instituições de ensino. É uma pena que esse enorme conhecimento não seja aproveitado como conteúdo escolar. Nem a Educação Física, enquanto disciplina do currículo, que deveria ser especialista em atividades lúdicas e em cultura infantil, leva isso em conta.
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